Já há tempo que penso nisso, mas o que é facto é que, se por vicissitudes mundanas, se por estreitamento no contacto social, ou se por leviandade do Português utilizado, a palavra "amigo(a)" cada vez mais tem menos o significado que devia ter.
Não quero reflectir com isto qualquer desilusão de amizade/convívio que tenha tido ultimamente mas somente uma constatação. O amigo cada vez é menos o que devia ser, isto é aquele a quem estamos ligados de uma forma permanente e próxima e com quem mantemos uma relação duradoura e de confiança, independentemente dos acontecimentos...
Por tudo e por nada se fala no amigo x, amigo y...fulano, "-ah esse é meu amigo..."
Penso que isto se passa sobretudo na língua portuguesa.
Agora não me venham dizer que isto acontece pelo aumento das relações sociais, proximidade e "concórdia entre os povos", antes sucede sim pela banalização da linguagem e pela perda das tais relações duradouras (vg. casamento) que em tudo justificam que se trate o colega do lado (com quem temos somente uma relação funcional por exemplo) por AMIGO...
sexta-feira, 5 de dezembro de 2003
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