Sinceramente, nunca pensei que o Presidente tomasse aquela decisão. Não por simpatia ou antipatia com o assunto, mas simplesmente por parecer o mais óbvio e sensato a realização de novas eleições.
Pode-se sempre argumentar que havia uma maioria estável, não havia conflitos institucionais, a estabilidade política era o factor importante, etc...mas sinceramente quando estamos a falar de um primeiro-ministro que não se submeteu ao voto popular (caso único pós-25 Abril) não demonstra ter aceitação popular (com excepção de LIsboa, cuja Câmara ganhou por 800 votos)nem provou qualquer tipo de capacidades governativas, com a agravante de se ter saido de um acto eleitoral onde a actual maioria governativa foi literalmente humilhada, estamos sim a dar razão aqueles que dizem que vivemos apenas numa partidocracia, onde a "oligarquia partidária" detém mais poder do que o voto dos portugueses...
Nunca pensei que o Presidente optasse por defender partidos em detrimento de cidadãos...
A cidadania saiu claramente por baixo e depois não venham dizer que a "sociedade civil" é quem mais ordena!