segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

Alcácer Quibir revisitada????

Há um clima de pessimismo generalizado no país. Até aqui nada de novo. Porém, é neste clima de desânimo e receio do devir, em parte "estupidamente" criado, que se perfila a primeira candidatura à Presidência da República - a de Cavaco Silva.

Pergunta - Escolheu esta altura para a candidatura porque:
a) O Santana e as(os) Santanettes estavam prestes a fazer o mesmo...
b) O clima político é tão favorável e o económico-social tão mau...que o "messianismo" que Cavaco tantou cultivou só seria (algo) possível nesta equação?
c) A Maria estava tão cansada de estar em casa e sem ninguém a falar dela que..."forçou" o homem a mais um desafio...com consequências ainda imprevisíveis...

Quem acerta?

Congresso (???!) da Justiça... às Moscas!

Foi estranho ver a (muito) parca assistência do Congresso da Justiça, realizado em Lisboa, na semana passada.
Nem a presença do mais alto magistrado da Nação (ele próprio um advogado) e o Primeiro-Ministro da do País (também um senhor de Direito/a) motivaram a presença de uma classe que cada vez mais poder possui e que, também cada vez mais, se arroga o direito de comandar o nosso cantinho europeu...
È caso para perguntar, será que o auditória da aula Magna ficou assim porque...a PJ boicotou o evento??? Ou a classe está cansada de ouvir-se a si própria??

quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

Portas, o defensor da moral e dos bons costumes

Em entrevista ao programa Vidas Alternativas da Rádio Voxx (transmitida em Lisboa e no Porto) a travesti Lola no dia 8 de Outubro fez uma declaração bombástica. "É lamentavel que o actual Ministro da Defesa não tome uma posição um bocadinho mais coerente, porque ele deve se lembrar quando estava na faculdade de Direito nos anos oitenta, que era um cliente assíduo da homossexualidade". Perante tal afirmação o locutor perguntou se Paulo Portas era cliente de Lola, ao que esta respondeu: "Meu não, mas de colegas meus. O Dr. Paulo Portas que se lembre bem disso". Lola acrescentou que "tem a certeza absoluta" que era o Dr. Paulo Portas e está "na disposição de enfrentá-lo cara-a-cara".

Depois foi o episódio da TAP. O dito senhor não quis repartir o lugar com o Mário Soares, e o que fez? Afirmou peremptório..."neste país quem manda somos nós!" e seguiu para a Base de Figo Maduro, onde "despesistamente" tomou o Falcon (que transporta jornalistas e governantes) para o destino pretendido...

Agora esta do Aborto...em que obrigou (não aconselhou nem recomendou ou debateu) o maior Partido das últimas eleições ( emuitos dos dirigentes que engoliram o sapinho) a adiar (mais uma vez!!) a questão da despenalização...


O Paulinho vai fazendo das suas...até quando??

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

Banalização da palavra "amigo"

Já há tempo que penso nisso, mas o que é facto é que, se por vicissitudes mundanas, se por estreitamento no contacto social, ou se por leviandade do Português utilizado, a palavra "amigo(a)" cada vez mais tem menos o significado que devia ter.
Não quero reflectir com isto qualquer desilusão de amizade/convívio que tenha tido ultimamente mas somente uma constatação. O amigo cada vez é menos o que devia ser, isto é aquele a quem estamos ligados de uma forma permanente e próxima e com quem mantemos uma relação duradoura e de confiança, independentemente dos acontecimentos...
Por tudo e por nada se fala no amigo x, amigo y...fulano, "-ah esse é meu amigo..."
Penso que isto se passa sobretudo na língua portuguesa.
Agora não me venham dizer que isto acontece pelo aumento das relações sociais, proximidade e "concórdia entre os povos", antes sucede sim pela banalização da linguagem e pela perda das tais relações duradouras (vg. casamento) que em tudo justificam que se trate o colega do lado (com quem temos somente uma relação funcional por exemplo) por AMIGO...

terça-feira, 2 de dezembro de 2003

Censura do Vaticano?

Mel Gibson recusou permitir ao Vaticano visionar antes da estreia o seu último filme, «The Passion», que retrata as últimas horas da vida de Cristo. Na passada semana, a Santa Sé havia pedido à produtora do filme que o mostrasse a um grupo de cardeais especializados em cristologia – parte da teologia dedicada à pessoa e doutrina de Jesus Cristo.

Aqui está um tema curioso...Quando se faz um filme sobre Cristo e se quer ter a concordância/aprovação da Santa Sé, é muito natural que depois se tenha que "abdicar" de alguma independência de pensamento...
Foi o que aconteceu.

O que pensam acerca disto?