O governo acaba de alargar o prazo de validade do cartão-jovem até aos 30 anos. Curioso. Este é o mesmo governo que gostaria de julgar como adultos os adolescentes que cometem crimes violentos. Há aqui um certo desencontro nas mensagens. E o cartão-jovem até aos 30 anos vem sublinhar uma tendência preocupante dos nossos dias: adia-se a responsabilidade, passa-se uma imagem de facilitismo. Aos 30 anos, um adulto deve ter um emprego, constituir uma família, saber o que quer da vida. Mas eis que lhe entregam um cartão e dizem "Vai e diverte-te". Emprego? Família? O cartão-jovem não lhe vai dar resposta para essas questões essenciais, mas enfim, o nosso candidato a adulto responsável poderá pelo menos comprar bilhetes com desconto para o Sudoeste. Já há-de servir para alguma coisa...
domingo, 10 de agosto de 2003
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